Sou a represa desse rio
mas serei rio em seu caminhar,
o olhar meigo do poeta
a caminho do seu pensar...
Talvez o mimo da criança
ou a mão que balança
no doce desejo de acalantar.
Fui o espinho dessa estrada,
o desencontro dos amantes
e a pedra do sapato
que feriu o viajante...
Mas se fui, não sou mais,
aprendi com as lições,
com os erros e tantos ais.
Sou o que sou... agora,
mais serei muito mais:
vou me transformar!
Hoje sou o que fiz outrora,
amanhã o que planejar!
Osvaldo Morais